Há pequenos gestos que são reveladores de muito daquilo que
não se consegue dizer. As palavras, entaladas pela razão, são reveladoras dos
sentimentos, e o silêncio, ainda que ensurdecedor, deixa-nos num misto de culpa
e ansiedade. Pensamos, ou fazem-nos pensar, que somos aquilo que realmente não
somos. Andamos como que numa levitação originada por um ilusão banal. Afinal
quem somos? … Quem nos procura? ...
Do amargo do sentimento, retiramos o que de “melhor” se pode
tirar, a SAUDADE!
“O instante doado pela vida que já é passado, a existência
em movimento e ela imutável...verdade bela e dolorosa...saudade é muito além de
expressão, da palavra pobre diante da grandiosidade do sentimento.” CFLC 2010
A saudade torna-nos seus servos sem que para isso dessemos
autorização. Vivemos curvados à sua força e grandiosidade… sangramos nos
sentimentos como se tivéssemos sido trespassados por uma lança, a ausência …
Não devemos viver submissos ao capricho de um
sentimento mundano que nos corrói e nós atrofia … a reposição, substituição
até, do sentimento pela causa, poderá ser a solução ou a forma de nos
libertarmos das suas garras felinas …
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