terça-feira, 17 de outubro de 2017

De Pedrogão a Outubro.

Em junho escrevi sobre a tragédia de Pedrogão Grande, pensando eu não voltar, pelo menos este ano, a escrever sobre mortes provocadas pelos incêndios. Passaram aproximadamente 4 meses! O que foi feito em 4 meses?
É triste ver o sofrimento das pessoas que ficaram sem nada. Casas, carros, terrenos, fábricas,... tudo queimado! Em minutos, o trabalho de uma vida reduzido a cinzas!
Pede-se responsabilidade aos governantes. Uma ministra num ministério errado! Um primeiro ministro num governo que não é dele!
Sei que a demissão da ministra não resolve nada, mas sinceramente já não consigo ver nem ouvir a senhora! Este não deverá ser um sentimento só meu. Seria um favor que faria a si mesma se se demitisse. A senhora pode ser a melhor pessoa do mundo, mas se continua como ministra, nem aqueles que ainda acreditam nela a irão apoiar.



quarta-feira, 21 de junho de 2017

A tragédia de Pedrogão Grande

A tragédia que se tem vivido na zona de Pedrogão Grande, com o incêndio que provocou varias mortes, e que se estendeu a todo país, pela dor e pelo sofrimento de todos aqueles que não conseguem ficar insensíveis a  tamanha tragédia, deverá ser averiguada para que se possa condenar os responsáveis. 
É de louvar a solidariedade que se tem visto de norte  a sul do país, das ilhas e de vários países. É de louvar, também, a atitude e coragem dos bombeiros. Mesmo sabendo do risco que correm, não desarmam, nem viram as costas a todos aqueles que necessitam da sua ajuda. Para eles um MUITO OBRIGADO.
Nas imagens iniciais que começaram a ser difundidas pela comunicação social sobre as mortes, viam-se viatura completamente queimadas no meio de uma estrada com árvores plantadas a centímetros do asfalto. Pergunto-me como é possível, uma estrada, não ter uma faixa de segurança, de corta fogo?  Estará que aqui está a principal causa das mortes? Incêndios, temos todos os anos no verão sem que haja tragédias de tão grande dimensão. Se fosse obrigatório (não sei se já o é) deixar uma faixa de segurança de alguns metros das estradas, certamente estas pessoas não morreriam queimadas, as chamas não chegariam à faixa de rodagem. 
Quem é responsável pela autorização, ou fiscalização das árvores  plantadas junto a uma estrada? Aquela que poderia ser a via de fuga e salvação destas pessoas, foi a armadilha para a sua morte. 

Não tenho dúvidas, se, por exemplo, não houvessem árvores a  20 metros de cada lado da estrada, muitas destas pessoas, ou mesmo todas, estariam vivas!.. 

MUITO OBRIGADO AOS BOMBEIROS E A TODAS AS PESSOAS QUE SE SOLIDARIZARAM COM ESTA TRAGÉDIA. 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Crise em Angola?!

Crise económica em Angola?! Ao que parece, os cofres de Angola não andam assim tão mal! Uma noticia do Sol diz que foi apresentado, pelo MPLA, um Projecto de Lei para aprovação na Assembleia Nacional que torna um ex-presidente em "Presidente da República Emérito". Diz, na mesma noticia, que o presidente fica com 90% do vencimento que tinha como presidente e o cônjuge com 70% desse vencimento. Olha, esta medida era boa para o ex-presidente Cavaco, ele que andava preocupado com a reforma... Ficará ainda, o ex-presidente de Angola, com imunidade criminal e civil, entre outras regalias! 
Ter um bom vencimento - é justo! 
Ter segurança privada - é justo!
Ter imunidade criminal e civil ... !!!!! Porque será?

Como o MPLA tem maioria na Assembleia, a lei irá ser aprovada. Veremos! 



quarta-feira, 22 de março de 2017

Terei voltado?

Tenho andado afastado deste meu blog, não por falta de vontade, mas sim por falta de tempo! Temas para escrever é coisa que não tem faltado!
Desde bancos falidos, ex-políticos investigados, crescimento de partidos políticos de estrema direita por toda a Europa, vinda do Papa a Portugal, sindicatos silenciados por um governo de esquerda, etc, etc e ainda etc ... os temas para escrever são cada vez mais.

Falando de ex-políticos investigados. Já me custa a creditar que Sócrates seja condenado. Prorrogação de prazos, uns atrás dos outros, sem que surja uma acusação fundada e solida, deixa-me incrédulo.
Não acredito na inocência de Socrates, é um direito que me assiste! Como não sou jurista nem advogado, nem juiz, não tenho que apregoar a máxima de que todos são inocentes até prova de contrário. Como sou contabilista, e lido, na maioria dos casos, com Leis concretas em que ou é ou não é. Para mim, um individuo ou é culpado ou é inocente. Agora, toda a gente saber que um determinado individuo cometeu um crime, mas como não há provas, dizemos que é inocente, isso para mim não cola! Note-se que não estou a falar em particular de Socrates.

Pode ser que a justiça se faça!

sábado, 7 de janeiro de 2017

Morreu Mário Soares

Com a notícia da morte de Mário Soares, lembrei que, em tempos, comprei dois livros escritos por Maria João Avillez sobre esta figura incontornável da democracia portuguesa. Estes livros, tal como a autora diz, registam uma longa conversa, varias vezes interrompida, ao longo de mais de um ano.

Fui procura-los na estante e lá estavam. Tenho por norma escrever na primeira página dos livros, a data em que os comprei e a data em que os li. Estes dois livros foram comprados em Maio de 1996 e lidos nesse mês e no seguinte. Outro hábito que tenho é tomar notas daquilo que acho mais interessante nos livros que leio. Fui encontrar, nestes dois livros, algumas anotações que fiz a quando da sua leitura. Uma das mais interessantes que encontrei foi uma resposta de Mário Soares à pergunta – …Porque tinha tolerado a “esquerdismo” num dos seus governos… a esta pergunta Mário Soares respondeu: “É sempre fácil fazer criticas a posteriori. Mas as realidades mudam em cada momento, e as ideias, como as próprias palavras, evoluem. Em política, às vezes, importa saber esperar para que as coisas amadureçam e se nos imponham como uma evidência. Ter razão antes do tempo certo é perigoso em política, como na vida. Por isso, é sempre errado avaliar os tempos ou as situações passadas com a óptica ou as opiniões de hoje.”


Numa resposta a uma pergunta sobre as suas vitórias e as suas derrotas, Soares responde: “A diferença que há entre um homem político e um moralista é que, face a uma Revolução – era disso que se tratava -, o homem que se move por meras atitudes morais demite-se, á primeira contrariedade, ao fim de quinze dias. Assim que depara com uma dificuldade maior, demite-se! O autêntico homem político vai fazendo a sua caminhada, sem renegar as suas convicções e sem jamais transigir no essencial…”