terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Prorrogação do prazo de pagamento da dívida.


Hoje ouvi o líder socialista, António José Seguro, dizer que o atual governo reagiu tarde ao pedido de prorrogação do prazo de pagamento da dívida. No seu discurso, refere que o PS já defendia esta medida há muito tempo e que só agora o PSD entendeu que teria de o fazer. São palavras suas “Hoje ficou provado, uma vez mais, que a alternativa existe. A estratégia do PS revelou-se possível e necessária para o país”. Quem ouvir este senhor falar, e tiver memória curta, não se recordará do pedido tardio de ajuda externa feito pelo então líder do PS, José Socrates. São estes senhores que querem ser alternativa, os mesmos que, por orgulho, preferiam deixar ir o barco ao fundo a pedir ajuda.
São vários os comentadores da nossa praça que defendem a tese de que se o pedido de ajuda de Portugal tivesse sido feito quando o então ministro das finanças, Teixeira dos Santos, disse que se os juros da divida portuguesa ultrapassassem os 7%, Portugal deveria pedir ajuda, hoje certamente o sacrifício dos portugueses seria menor. Nessa altura, o PS não tinha essa visão antecipada que tem hoje!
Pedir a prorrogação do prazo de pagamento da divida agora ou há um ano atrás não é a mesma coisa. Hoje há mais confiança dos mercados na economia portuguesa, logo mais garantias de cumprimento de pagamento por parte de Portugal para com os nossos credores.


A manipulação das palavras é feita, em política, de acordo com quem a profere. Com os mesmos dados pode-se manipular qualquer informação, os políticos são peritos nisso. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Subsídios agricolas


 

Os subsídios agrícolas em Portugal têm, na minha opinião, sido atribuídos na forma inversa aquela que deveriam.

Atribuem-se subsídios pela fraca produtividade, quando se deveria atribuir subsídios a quem se esforça e consegue produtividades altas.

Se um agricultor, por qualquer motivo, em determinado ano, tem produções baixas, tem possibilidade de recorrer a subsídios e seguros financiados pelo Estado,para compensar a perda. Neste caso, o Estado, gasta dinheiro e o mercado fica sem produtos agrícolas. Apenas ganha o agricultor.

Por outro lado, se um agricultor tem um bom ano de colheitas depara-se com dois problemas. O primeiro é conseguir escoar os produtos, o segundo e conseguir preços competitivos para concorrer com outros mercados. Penso que, neste caso, deveria haver financiamento do Estado, não só para subsidiar os preços, mas principalmente para premiar o esforço de um ano árduo.

O que aqui relato é um pouco como o trabalho em Portugal. O Estado gasta dinheiro com quem não trabalha e pune, com impostos, quem trabalha.

Nota: Este texto não se baseia em factos reais, é mera ficção.