terça-feira, 28 de maio de 2013

Afinal quem é o palhaço?


Mais uma vez o Miguel Sousa Tavares  mostrou a sua personalidade, já o tinha feito a quando do seu comentário sobre os portugueses por causa da atitude da Maitê Proença.

A falta de respeito, do povo português, pelo Presidente da República já não é de agora. Nos últimos anos temos visto, por várias vezes, pessoas ou grupos de pessoas usarem palavras pouco dignas para com o Aquele que é a Entidade Máxima de Portugal. Seja ele o António, o Manuel ou João, o Presidente da República é o representante da soberania em Portugal, é o representante máximo do poder executivo, é ele o garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições, sendo ainda, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas. Nada do que aqui escrevi sobre as funções do Presidente da Republica é novo, basta ler a Constituição da Republica Portuguesa.
Recordo a lamentável atitude, e falta de respeito, de alguns habitante de Canas de Senhorim, para com o Presidente da Republica, Jorge Sampaio, há alguns anos atrás, a quando de umas comemorações. E não foi a única vez que isso aconteceu, se fizesse uma pesquisa iria, certamente, encontrar muitas mais.
É grave, muito grave, haver atitudes destas para com o Chefe máximo de uma Nação. Mais grave ainda é quando essa falta de respeito vem de pessoas com responsabilidade acrescida, como é o caso de deputados da Assembleia da República. Por vezes fico incomodado com a forma como alguns deputados se referem ao Presidente da República,  parece que estão a falar do “Zé da Esquina”. Muitos destes deputados, que ainda nada fizeram pelo país, deveriam, em vez de se porem em bicos de pés, fazer uma vénia ao Presidente da Republica, seja ele o Presidente A, B ou C. Qualquer um dos Presidente da Republica que tivemos, fizeram, mal ou bem, mais pelo país que qualquer um desses deputados que os criticam de uma forma tão pouco elegante.

Voltando ao Miguel Sousa Tavares  .
O Presidente da República, Cavaco Silva, pediu uma investigação às declarações do escritor em causa. Imaginamos que o Presidente da Republica não o fazia. A esta altura o Miguel S. Tavares   era um herói, tinha dado umas entrevistas, onde iria reafirmar que o Presidente da Republica era um palhaço, com toda a gente a dizer: -“este tipo é que é, diz o que tem a dizer” – um herói portanto. Mas não, o Presidente da Republica, para mal do de muita gente, pediu uma investigação e o Miguel S. Tavares   lá veio dizer, com as orelhas baixas, que se excedeu, e que pede desculpa, não ao Cavaco Silva, mas ao Presidente da Republica. Tão inocente que ele é, até mete dó, coitado, não sabia distinguir o Presidente da República do António Aníbal.

Quem não respeita a instituição Presidente da Republica, não pode ser bom português.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Recordar músicas


Certamente todos temos uma música, ou mais, que nos marcaram. Falar de música sem falar de Bruce Springsteen é,  para mim, quase impossível. Recordo a primeira vez que ouvi uma musica dele, tinha eu 14 anos quando ouvi na rádio "Dancing in the Dark" do álbum (vinil) "Born in the U.S.A" .Pouco tempo depois comprei o álbum, que ainda hoje possuo (excelente álbum). Fiquei a conhecer musicas como "Glory Days", "I'm on Fire" ou "My Hometown" entre outras. Ao longo do tempo fui comprando outros álbuns, tendo conseguido arranjar o primeiro álbum por ele editado, "Greetings from Asbury Park, N.J." (1973). 
Eleger uma música de Bruce Springsteen como sendo a melhor é impossível, no entanto aqui ficam duas das que mais gosto e que mostra que o "boss" ainda está em grande forma. Na primeira, acompanhado ao início, à guitarra, pelo inseparável Steven Van Zandt. A Segunda, deixo em duas versões.  A primeira tal como a conheci em 1984/5 e a segunda versão, mais recente, quase 30 anos depois, no concerto em Milão, em 2012.

"The River" editado em 1980 no álbum com o mesmo nome: http://www.youtube.com/watch?v=1RR8zDTc0DE 

"Dancing in the Dark" do album "Born in the U.S.A", editado em 1984: http://www.youtube.com/watch?v=129kuDCQtHs 


"Dancing in the Dark" no concerto em milão em 2012:  http://www.youtube.com/watch?v=u1c2qXYhI6Q


terça-feira, 7 de maio de 2013

Tempestades em alto mar.


Tanto se tem falado saída de Portugal da União Monetária. Tento encontrar vantagens e desvantagens e fico na mesma. A dimensão de uma atitude destas é de tal maneira enorme que não consigo imaginar o seu efeito. O que seria das nossas poupanças, dos nossos salários, dos preços dos produtos e serviço, das nossas exportações, dos nossos empréstimos, enfim, são tantas as questões, sinto-me muito limitado para encontrar respostas para todas elas. Será que se tivéssemos feito como a Inglaterra e a Dinamarca, que não aderiram ao euro, estaríamos melhor? Possivelmente, se o tivéssemos feito, não teríamos tido tantos recursos financeiros para investir. Não teríamos estradas como as que temos, não teríamos escolas novas, não teríamos novos hospitais, não teríamos tanto financiamento às empresas e à agricultura, e, certamente, não teríamos tanta dívida externa. Seriamos um país mais pobre, mas com as contas mais equilibradas.  
Falando dos empréstimos. Como sobreviveriam os bancos, que concederam e contraíram empréstimos em euros e que teriam de continuar a pagar os empréstimos ao exterior em euros, recebendo dos empréstimos concedidos internamente em escudos? (se é que assim se voltaria a chamar a moeda nacional)
Os salários. Será que se manteria o rácio entre o salário nominal e o salário real? E o leque salarial, seria o mesmo?
As nossas poupanças. Será que após a conversão para a nova moeda o valor dos depósitos se manteria? Ou seja, mesmo com a nova moeda, eu manteria o valor do meu deposito? Creio que não. Aqui, tenho a certeza que não. O que se faria, caso se tivesse conhecimento antecipadamente da conversão da moeda? Seria uma correria aos bancos para levantar todas as poupanças ainda em euros e assim garantir o valor inicial do depósito. 

O barco já navega em alto mar. Vivem-se momentos de grande tempestade e o barco poderá não aguentar o impacto das ondas. Temos, na minha opinião, três hipóteses. Ou voltamos para trás, correndo todos os riscos do regresso, com todas a incertezas que daí advêm, ou seguimos em frente, ajustando o barco às águas em que navegamos, fazendo os sacrifícios necessários, ou apenas deixamos o barco ir ao fundo.