Hoje ouvi o líder socialista,
António José Seguro, dizer que o atual governo reagiu tarde ao pedido de
prorrogação do prazo de pagamento da dívida. No seu discurso, refere que o PS
já defendia esta medida há muito tempo e que só agora o PSD entendeu que teria
de o fazer. São palavras suas “Hoje ficou provado, uma vez mais, que a
alternativa existe. A estratégia do PS revelou-se possível e necessária para o
país”. Quem ouvir este senhor falar, e tiver memória curta, não se recordará
do pedido tardio de ajuda externa feito pelo então líder do PS, José Socrates. São
estes senhores que querem ser alternativa, os mesmos que, por orgulho,
preferiam deixar ir o barco ao fundo a pedir ajuda.
São vários os comentadores da nossa praça que defendem a tese de que se o pedido de ajuda de Portugal tivesse sido feito quando o então ministro das finanças, Teixeira dos Santos, disse que se os juros da divida portuguesa ultrapassassem os 7%, Portugal deveria pedir ajuda, hoje certamente o sacrifício dos portugueses seria menor. Nessa altura, o PS não tinha essa visão antecipada que tem hoje!
São vários os comentadores da nossa praça que defendem a tese de que se o pedido de ajuda de Portugal tivesse sido feito quando o então ministro das finanças, Teixeira dos Santos, disse que se os juros da divida portuguesa ultrapassassem os 7%, Portugal deveria pedir ajuda, hoje certamente o sacrifício dos portugueses seria menor. Nessa altura, o PS não tinha essa visão antecipada que tem hoje!
Pedir a prorrogação do prazo de
pagamento da divida agora ou há um ano atrás não é a mesma coisa. Hoje há mais
confiança dos mercados na economia portuguesa, logo mais garantias de
cumprimento de pagamento por parte de Portugal para com os nossos credores.
A manipulação das palavras é feita, em política, de acordo com quem a profere. Com os mesmos dados pode-se manipular qualquer informação, os políticos são peritos nisso.
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