quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O Salário Mínino Nacional

Está em discussão o aumento do salário mínimo nacional (SMN).  
Numa situação de pleno crescimento económico, todos estariam de acordo no seu aumento. Não é o que acontece! Portugal não tem tido crescimentos económicos que justifiquem um aumento significativo do SMN. A inflação também não tem ajudado, pois encontra-se em valores bastante baixos, havendo já alturas em que foi negativa, o que, pela teoria de alguns, deveria fazer baixar o SMN.
Estão duas teorias em discussão. Uma de esquerda que defende o aumento do SMN para valores próximos dos 600€, para assim, segundo dizem, proporcionar o aumento do poder de compra e assim dinamizar a economia. Uma outra teoria, defendida pela ala centro/direita, diz que o SMN não deve, para já, ter um aumento tão elevado, pois iria provocar um agravamento nos gastos das empresas e assim torna-las menos competitivas, levando à diminuição das exportações.  

Resumidamente, foi isto que entendi do que fui vendo e ouvindo na comunicação social.

Em minha opinião, a teoria de esquerda seria a mais razoável desde que o aumento do SMN levasse as pessoas a consumirem apenas produtos produzidos em Portugal. Sabemos que não é isto que acontece. Ora, isto não acontecendo, o aumento do SMN contribuirá para um maior desequilíbrio da balança comercial fazendo aumentar as importações.

Quais os hábitos de consumo da classe social que ganha o SMN? Quais os estabelecimentos onde adquirem os bens de que necessitam? Estando os bens de primeira necessidade satisfeitos com o salário atual, com aumento de salário, quais as preferências dos consumidores?
São muitas as dúvidas! …

Em minha opinião, o aumento do SMN para os 600€ (+18%), não irá dinamizar a economia na proporcionalidade do aumento. Se com 95€ ilíquidos a mais de salário as pessoas procurassem produtos de fabrico nacional, o aumento dos índices económicos até poderiam ser maiores. O que vai acontecer, é as pessoas procurarem ainda mais as lojas mais acessíveis como as dos chineses, onde os produtos são, na sua maioria, originários da China. 

É característico dos partidos de esquerda, em Portugal, exigirem este tipo de medidas sem nunca darem soluções para financiar essas medidas. Demagogias ...
Fazem as propostas que os povo quer ouvir, e, depois de aprovadas, quem governa que arranje formas de as financiar. Veja-se a situação política atual em Portugal, em que temos um governo minoritário, que perdeu as eleições, mas que é suportado pelos partidos de esquerda, não tendo estes aceite formar esse mesmo governo. Ao aceitarem formar governo, os partidos de esquerda, passariam para o lado de quem tem de arranjar as soluções de financiamento para as propostas por eles apresentadas.





Nenhum comentário:

Postar um comentário