quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Fernando Tordo emigrou para o Brasil

Fernando Tordo emigrou para o Brasil. Cresci a ouvir as músicas dele e de outros cantores da sua geração. Independentemente de ideologias politicas, sempre senti uma grande admiração por toda essa geração de cantores. Poderia aqui enumerar um sem fim de cantores portugueses que marcaram a minha adolescência, como Paulo de Carvalho, Paco Bandeira, José Afonso (já falecido), Carlos do Carmo, José Cid, Carlos Mendes, António Calvário, Tony de Matos (já falecido), etc, etc …
Custa-me compreender como é que uma pessoa, aos 65 anos, resolve abandonar o país e emigrar. Não estou a ver alguém com essa idade pegar na mala e emigrar sem destino certo, sem saber o que o espera. Possivelmente, terá propostas de trabalho do outro lado do oceano. Estou certo que sim.
O filho, João Tordo, escreveu no seu blog que o pai recebe uma pensão de pouco mais de 200,00 euros. Fiquei inquieto a pensar o porquê de uma pensão tão baixa. Realmente é uma pensão muito baixa para alguém que trabalhou toda a vida. Por outro lado, sei que as reformas são, em geral, baseadas nos descontos efectuados ao longo da vida. Assim sendo, presumo que o Fernando Tordo terá feito descontos muito baixos. Das duas uma, ou nunca fez descontos, o que me custa a crer, ou fez descontos tendo por base um salário muito baixo. Não seria o primeiro, como empresário, a fazer descontos pelo mínimo aceitável pela segurança social.
Não quero condenar a pessoa em causa, apenas quero compreender o porquê de uma reforma tão baixa e da sua saída de Portugal.
Terá ele contribuído para a segurança Social como trabalhador independente e terá declarado um rendimento baixo para que os descontos fossem também baixos?
É certo que ninguém tem nada a ver com a vida do Senhor, mas perturba-me ver alguém tão querido pelos portugueses sair desta maneira de Portugal e proferir as palavras que proferiu na sua despedida.

Espero que as hipóteses que levantei para justificar a baixa reforma estejam erradas. A serem verdade, também ele teria contribuído para, de forma fraudulenta, o estado a que chagamos em Portugal. Não quero acreditar nesta versão.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Os quadros de Miró

Então o Estado português não pode vender o pouco que resta com valor da despesa mais desastrosa do século? (não lhe chamo investimento, investimento é outra coisa )


Não se esqueçam que a nacionalização do banco BPN já custou aos portugueses  1,7 mil milhões de euros. Poderá já ter custado mais, pois a noticia é de julho de 2013. 

O governo socialista nacionalizou o banco invocando o efeito de contágio caso este falisse. Até hoje não vi um único estudo que quantificassem esse contágio pelo que tenho as minhas dúvidas quanto à certeza de que a nacionalização foi a melhor opção. E depois, quando vem a público o nome das pessoas envolvidas e interessadas na gestão do banco, as minha dúvidas aumentam, tornando-se em certezas. O banco deveria ter falido. 
Com o custo da nacionalização, mais as surpresas financeiras e económicas que o Estado teve até ao momento, segundo o referido jornal, o valor ultrapassa o valor acima referido.
No meio de todo o lixo encontrado nos investimentos do BPN, estavam os quadros de Miró, avaliados em alguns milhões de euros. O Estado português, e bem, resolveu leva-los a leilão para assim amortizar a despesa da nacionalização.
Agora vêm os deputados socialistas, responsáveis pela nacionalização do banco, dizer que os quadros não podem ser vendidos.

Certamente querem os quadros nos seus gabinetes.