Fernando Tordo emigrou para o
Brasil. Cresci a ouvir as músicas dele e de outros cantores da sua geração. Independentemente de ideologias politicas, sempre senti uma grande admiração por toda essa geração de cantores. Poderia
aqui enumerar um sem fim de cantores portugueses que marcaram a minha
adolescência, como Paulo de Carvalho, Paco Bandeira, José Afonso (já falecido),
Carlos do Carmo, José Cid, Carlos Mendes, António Calvário, Tony de Matos (já falecido), etc, etc …
Custa-me compreender como é que uma pessoa, aos 65 anos, resolve abandonar o país e emigrar. Não estou a ver alguém com essa idade pegar na mala e emigrar sem destino certo, sem saber o que o espera. Possivelmente, terá propostas de trabalho do outro lado do oceano. Estou certo que sim.
Custa-me compreender como é que uma pessoa, aos 65 anos, resolve abandonar o país e emigrar. Não estou a ver alguém com essa idade pegar na mala e emigrar sem destino certo, sem saber o que o espera. Possivelmente, terá propostas de trabalho do outro lado do oceano. Estou certo que sim.
O filho, João Tordo, escreveu no
seu blog que o pai recebe uma pensão de pouco mais de 200,00 euros. Fiquei inquieto a
pensar o porquê de uma pensão tão baixa. Realmente é uma pensão muito baixa
para alguém que trabalhou toda a vida. Por outro lado, sei que as reformas são,
em geral, baseadas nos descontos efectuados ao longo da vida. Assim sendo,
presumo que o Fernando Tordo terá feito descontos muito baixos. Das duas uma,
ou nunca fez descontos, o que me custa a crer, ou fez descontos tendo por base um salário muito baixo. Não seria o primeiro, como empresário, a fazer descontos pelo mínimo aceitável pela segurança social.
Não quero condenar a pessoa em
causa, apenas quero compreender o porquê de uma reforma tão baixa e da sua
saída de Portugal.
Terá ele contribuído para a
segurança Social como trabalhador independente e terá declarado um rendimento
baixo para que os descontos fossem também baixos?
É certo que ninguém tem nada a
ver com a vida do Senhor, mas perturba-me ver alguém tão querido pelos
portugueses sair desta maneira de Portugal e proferir as palavras que proferiu
na sua despedida.
Espero que as hipóteses que
levantei para justificar a baixa reforma estejam erradas. A serem verdade,
também ele teria contribuído para, de forma fraudulenta, o estado a que
chagamos em Portugal. Não quero acreditar nesta versão.