Tenho recebido alguns mails que relatam nomeações de jovens, saídos das universidades, para cargos bem remunerados. Pensava eu que os “jobs for the boys” já tinham acabado.
Será que ao nomear os filhos dos amigos, jovens recém licenciados, estão a fazer um favor aos amigos e seus filhos ou estarão a habitua-los a terem empregos fáceis. Quem serão estes jovens no futuro, habituados a que tudo lhes caia do céu? Se um dia perderem a muleta que lhes sustenta a empregabilidade fácil, o que será deles? Mesmo que não a percam, que formação é a deles? O mais grave, em meu entender, é que estes jovens serão os futuros políticos de Portugal.
Estes favores fazem-me lembrar as dinastias, o poder passa de pais para filhos. Portugal é um exemplo dinástico, os pais, que têm influencia, arranjam sempre um bom cargo para os filhos, mesmo que não tenham competência para tal. Pior, por vezes o cargo nem existe, é fictício. Um gabinete, um bom salário e não se faz nada porque o cargo é inútil. Se por ventura o cargo existe, corre-se o risco de alguém, incompetente, o ocupar em detrimento de alguém com mais capacidades.
Tenho uma dúvida! Será que os filhos de quem não tem influência política são burros e incompetentes? – Claro que não! O problema é que a sua linhagem não é “nobre”, são provenientes de uma classe social mais humilde.
Seria errado, da minha parte, generalizar as minhas palavras. Sei que há quem seja nomeado pela competência e pela experiencia. São tão poucos!
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