sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Acordo de Concertação Social

É por causa de pessoas como Carvalho da Silva que Portugal não avança. Como é que se pode ser tão inflexível? Em momentos de crise, em que não há trabalho, empresas a fechar, desemprego a aumentar, diminuição do investimento estrangeiro no nosso país, necessidade de diminuir a dívida pública, necessidade de tornar Portugal mais competitivo, … tantas são necessidades, e ainda há quem mantenha ideais e politicas do pós 25 de Abril, em que era necessário garantir os direitos dos trabalhadores e do povo em geral. Naquela época, era necessários sindicatos forte e intransigentes, que não cedessem aos interesses instalados, naquela época, direito de trabalhadores era coisa que não existia. Hoje, haverá necessidade de ser assim? Ou será melhor acompanhar a evolução dos tempos? Será melhor criar trabalho ou aumentar o desemprego? As Leis, desactualizadas, que tínhamos até agora só contribuíram para o aumento desemprego, a provar isso está o receio dos empresários em empregar, está, também, o elevado número de empresários em nome individual que passam recibos a uma única entidade, estão, ainda, os contratos a termo certo que, só em raros casos, passavam a efectivos.
Não sei se ria ou se chore quando Carvalho da Silva diz que a UGT caiu na maior manipulação de que há memória ao assinar o acordo. Manipulação, demagogia e populismo é aquilo que a CGTP faz ao dizer aos trabalhadores portugueses aquilo que eles gostam de ouvir e não aquilo que deve ser feito para que tenham trabalho e estabilidade. Alguém duvida que o ideal seria reduzir as horas de trabalho, termos um salário mínimo a rondar os 750 ou 1000 euros, ou até mais, termos indemnizações elevadas por despedimento, etc. Claro que seria o ideal! Mas será oportuno? Tem a economia portuguesa capacidade de suportar estas regalias? Claro que não! Poucos seriam os empresários a aguentar medidas deste género.
Até compreendo o Sr. Carvalho da Silva, porque, afinal, se quando convoca uma greve, esta tiver pouca adesão, o seu poder diminui. Para que serviria e que força teria uma associação sindical se defendesse medidas que tirassem poderes aos trabalhadores, mesmo que isso contribuísse para o a diminuição do desemprego? Já alguém viu a CGTP apresentar medidas que façam aumentar o emprego? Eu não vi!
Estarei errado?

domingo, 15 de janeiro de 2012

O valor do Ouro

Li hoje no JN uma notícia que dava conta da venda de ouro a uma loja (http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=2241367), por um menor que o havia roubado aos pais. A loja em causa, pagou ao menor menos de metade do valor real do ouro, não foi pedida a identificação ao menor nem lhe foi passado qualquer recibo. Uma autentica ilegalidade.

Tem-me feito alguma confusão a forma como abrem estas lojas. Quem já não reparou na abertura de lojas deste género em ruas bem movimentadas das nossas cidades? Não sei se há legislação própria para este negócio. O que sei é que, pelo que foi noticiado, os proprietários destas lojas são, na sua maioria, uns oportunistas que se aproveitam do valor actual de mercado do ouro para o comprarem por valores muito baixos e assim ganharem muito dinheiro.
Estou certo, que, muitas das pessoas que se dirigem a uma loja deste ramo para se desfazerem de ouro, por vezes de valor incalculável, pois provem de heranças em que muitas das vezes são peças raras e únicas, não fazem a mínima ideia do valor que o ouro tem no momento.

Os motivos para que alguém se desfaça de peças de ouro, quer sejam peças vulgares ou peças raras, podem ser das mais variadas razões. Não me baseando em nenhum estudo, penso que a razão principal será a falta de liquidez das famílias portuguesas. Vender o ouro é uma forma rápida de realizar dinheiro, e muitas das pessoas nem se preocupam em saber qual a cotação do ouro nesse momento. O que sabem, por vezes, é quanto lhes custou esse bem e se conseguirem algum dinheiro a mais para além do seu custou, já é bom.

Vejamos o gráfico que nos mostra a subida vertiginosa que o ouro sofreu nos últimos 5 anos. Em 2007 o valor da grama do ouro era de cerca de 15 euros, passados 5 anos o valor é de aproximadamente 43 euros. Aqui está a razão da abertura de tantas lojas. Qualquer pessoa sabe que 43 é quase três vezes mais que 15. Em 5 anos o preço do ouro quase triplicou.






Fonte: http://www.goldprice.org/



Se alguém tiver interesse, poderá, no site referenciado como fonte, pesquisar o valor do ouro em anos anteriores. A questão é mesmo esta, será que as pessoas que se deslocam a estas lojas têm a noção do valor actual de mercado do ouro? Temo muito que não.