quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Os nossos deputados

Tem andado muito na ordem do dia as presenças dos nosso deputados em votações nas sessões da Assembleia da Republica.
Hoje, no Observador, está uma noticia que diz que a deputada Mercês Borges pediu a demissão  de todos os cargos que desempenhava na Assembleia da Republica, na sequência do voto que fez pelo, também deputado, Feliciano Duarte. Disse esta senhora deputada, segundo a noticia, que como o computador  ao lado estava ligado, e sabendo que o deputado faltoso, caso estivesse na Assembleia, votava, a senhora voto por ele! 
Disse ainda a senhora deputada “Que atire a primeira pedra quem não sabe que isto acontece”.
Como não há relato de pedras atiradas pelos vários grupos parlamentares, concluo que é prática habitual dos nossos deputados.
Pois é, este parece não ser um caso isolado, há relatos de mais casos em que os deputados não estão no plenário e o voto deles é feito.


Foi, esta semana, também, divulgado na comunicação social, uma fraude fiscal em viagens fantasmas, feitas pelos deputados que representam os arquipélagos da Madeira e Açores. Há ainda noticia de seguros de saúde pagos pelo Estado aos deputados, seguros estes ilegais!



Sendo os deputados os representantes legítimos do povo que os elege, não deveriam estes senhores ser um exemplo nas suas atitudes para os demais? - Parece-me que sim!



Deve um deputado servir a nação ou servir-se da nação? - Ao que se ouve e lê constantemente na comunicação social, fica a ideia que o ato de servir por parte dos nosso deputados é esquecido, sendo eles servidos e servindo-se do que não lhes é devido.



Defendo há muito que deveria haver, como noutros casos, limitação de mandatos para os deputados da Assembleia da República. Ser deputados não deveria ser uma carreira profissional, mas sim um ato nobre de servir a nação! 

Defendo, também, que todas as pessoas com cargos políticos e que desses cargos retiram proveitos próprios indevidos, deveriam ser demitidos e impedidos de voltar a exercer tais cargos!

Não me admiro que cada vez mais a abstenção seja o maior partido em Portugal!