Muito se tem falado nos contratos de associação entre os
Estado e algumas escolas privadas. Sinceramente, nunca fui a favor destes
contratos, pois eles serviam apenas para favorecer alguns. Com escolas públicas
cada vez com menos alunos, o estado financiava, ou ainda financia, nem sei bem,
escolas privadas para alimentar uma elite empresária e uma classe média e media
alta, que gosta de se gabar que trás os filhos no colégio (sempre é mais fino
que trazer na publica). O povo que pague!
Durante muito tempo defendi que o ensino deveria ser
privatizado. Não com estes contratos de associação, mas uma privatização total,
em que o estado financiava os estudos dos que não podiam pagar. O estado apenas
faria exames finais para avaliar e credibilizar o ensino. É apenas uma ideia
minha, não sou especialista na área da educação, pelo que me fico por aqui
nesta ideia!
Moro numa freguesia que tem mais de 300 cidadãos de etnia
cigana. Será que, com o modelo de contratos de associação, os colégios aceitavam
a matrícula de uma criança desta etnia? Possivelmente não aceitaria, diria que
não havia vagas ou inventavam outra desculpa qualquer.
A haver contratos de associação, estes deveriam ser feitos,
não da educação, mas sim, na área da saúde. Este sim é um sector debilitado, que
não tem a resposta atempada para os cidadãos. Quem já não esteve horas para ser
consultado numa urgência de hospital? Quem já não esteve à espera de uma
operação meses, ou até anos? – Eu já passei por isso! Uma vez estive dois anos
e meio à espera de uma operação e outra vez quase quatro anos! Se o Estado
tivesse acordos com os hospitais privados, penso que seria mais fácil e de
maior comodidade para os cidadãos! Esta ideia nem é inovadora, o Estado já o
faz para os seus funcionários através da ADSE, era só alargar a todos os
cidadãos.
Voltando aos contratos de associação com os colégios privados,
parece que finalmente vão acabar… veremos!