sábado, 15 de agosto de 2015

Os dias fatais ...

Depois de ler o livro “Cercado” de Fernando Esteves, consegui cimentar algumas certezas ao mesmo tempo aumentei as minhas dúvidas!
O livro relata passagens da vida de José Socrates antes da sua detenção. Pelo que li, os indícios de crime são muitos e fortes. Desde a sua passagem pela Câmara Municipal da Covilhã até chegar a Primeiro-ministro, existem relatos, no livro, de situações menos claras. O autor do livro, como era de esperar, não dá certezas, limita-se a relatar dados apresentados pelo ministério público e a transcrever aquilo que foi surgindo na época na comunicação social.
Daquilo que li, o que mais me preocupou foi o relato da destruição dos DVDs que continham as escutas telefónicas, facto muito falado na altura. Se realmente o acusado se sente inocente, porque não impediu a destruição e permitiu que fossem públicas as escutas? – Diz a sabedoria popular que quem não deve não teme. Fico, tal como talvez muitos portugueses, com a sensação de que era nestes DVDs que estaria o inicio da solução do caso…
Depois de ler o livro, e sabendo que o ex-primeiro-ministro não foi contemplado com nenhum prémio da Santa Casa, como é possível viver da forma que ele viveu nos últimos anos? No livro, podemos encontrar relatos de movimentos elevados em dinheiro entre Socrates e o seu amigo Carlos S. Silva. A justificação dada é que eram empréstimos entre amigos. Empréstimos de valores tão elevados, quando seriam pagos? Qual a actividade profissional de Socrates para conseguir rendimentos suficientes para pagar esses empréstimos? Será que não eram empréstimos mas sim presentes de um amigo? – Que rico amigo este!
Este é um caso que poderá levar anos a resolver, se é que será resolvido no sentido de se saber se o arguido é culpado ou inocente. O mais provável é prescreverem os crimes de que é acusado.
Infelizmente este não será caso único no país, talvez seja o de maiores dimensões. Corrupção, branqueamento de capitais, compadrio, e muitos outros crimes, são relatados quase todos os dias na comunicação social. É pena os organismos competentes não poderem averiguar mais casos com indícios de crime!
Outras das situações que me preocupou, se bem que já tinha uma ideia sobre o assunto, foi o facto de as entrevistas serem combinadas entre o entrevistado e o jornalista. Combinam o que perguntar, quais os assuntos que não serão levantados, etc. Gostei de saber que há jornalistas que não vão nessa onda e que exercem a sua profissão com muito profissionalismo.

Muito haveria a comentar sobre o livro, o melhor é lê-lo!


Partilhei aqui algumas das minhas dúvidas, as certezas, se é que as tenho, ficam para mim...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

E já vão dois livros.

Não resisti a esperar pelas férias, já li o livro "Uma questão de consciência" de Ian Rankin. Comecei o "Fetiche" de Tara Moss e também já foi. Este ultimo durou 4 dias. Um policial excelente, escrito por uma ex-modelo (quem diria)!... Bom, agora vou ler "Cercado" do jornalista Fernando Esteves! Não sei bem o que me espera neste livro ...