quinta-feira, 30 de abril de 2015

Um momento

Já fiz de tudo
tudo que não foi nada
bebi da sede de alguém um mar de lágrimas,
perdidas em rios de palavras

Já vi de tudo
numa cegueira clara
em mim, refletiu, no escuro de um pensamento,
a clareza vivida de um momento.

Manacá 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Uma das maiores conquistas da democracia está a ser banalizada.

Mais uma greve da TAP. Um abuso de direitos dos cidadãos.

Tanto se falou, recentemente, em medidas inconstitucionais praticadas pelos diversos governos. Não será esta greve inconstitucional também? Como não sou jurista, muito menos constitucionalista, não sei se o é ou não, sei sim que deveria haver coragem política para por cobro a esta onda de greves que se verificam todos os anos. Sei que nenhum partido politico quer desafiar os sindicatos, … perdem-se votos com o confronto! Já o disse antes, a greve é um símbolo, um direito em democracia, uma “arma” que deve ser usada na defesa dos direitos dos trabalhadores, quando estes são postos em causa. Penso, não ser “arma” para ser usada em qualquer batalha, o seu uso excessivo banaliza-a, torna-a um instrumento fútil, que apenas serve para justificar faltas dos trabalhadores, prejudicar o comum dos cidadãos e para dar força aos sindicatos.

A greve passou a ser uma forma de os sindicatos manipularem os trabalhadores e estes deixam-se levar na onda!

É preciso voltar a dar ao direito à greve a devida importância...


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Mais uma excelente entrevista do jornal i

Hoje, o jornal i trazia uma entrevista a Eduardo Sá, psicanalista e professor, que se tem dedicado ao estudo do comportamento das crianças. Confesso não conhecia muito de Eduardo Sá, já tinha ouvido falar na comunicação social, ouvi algumas entrevistas, mas nunca me preocupei em pesquisar mais sobre ele.

Na entrevista, Eduardo Sá, refere a determinada altura que: “preocupa-me é aqueles pais que, em vez de quererem ter filhos, querem transforma-los numa espécie de trofeus”. Que grande verdade!... ao ler esta frase, fiquei a pensar na quantidade de vezes em já tinha presenciado situações de pais a querem transformar os filhos em trofeus.

Mais à frente, na entrevista, diz: … só começamos a ser pais ao segundo filho; o primeiro é sempre uma criança em perigo. Mistura-se tudo: os pais que tivemos, os pais que desejávamos ter tido, os pais que desejávamos ser, os filhos que imaginamos construir. Preocupa-me que os pais transformem os filhos quase num projecto de carreira e que não lhes dêem espaço para crescerem como deve crescer, com regras mas com liberdade, com espaço para todos errarem.” Mais uma grande verdade! …
Fala também da escola e diz a determinada altura que a escola é a forma mais simples de democratizar o mundo e que foi a invenção mais bonita da humanidade, deveria era fechar para balanço e abrir com nova gerência. Para caracterizar o mau estado da escola em Portugal, diz: “… estamos a transformar as crianças pequeninas em burocratas de fralda, depois tecnocratas de mochila e depois acabam todos mestres aos 23 anos, como se fosse possível.”


Excelente entrevista. Parabéns ao jornal i.