As Greves
Numa entrevista à Radio Renascença, D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar de Lisboa, falava do direito à greve e quais os seus efeitos. No seu entender, é legítimo o direito à greve, diz ainda que este deverá ser “o instrumento último para fazer valer os direitos dos trabalhadores”, isto porque, se o direito à greve for usado indiscriminadamente passamos a banalizar esse direito, tirando-lhe o poder que deve ter. Mais adiante, utiliza o termo “arma das armas” para se referir à convocação de uma Greve Geral, ou seja, este deve ser sempre um último recurso. Diz mesmo que as várias e consecutivas convocações de Greve Geral a vulgarizam. Nessa mesma entrevista, fala ainda da politização feita dos direitos dos trabalhadores a quando de uma greve.
Ao ouvir esta entrevista, reforcei a imagem que tenho da igreja e dos sacerdotes. Tenho por eles uma grande admiração, não só pela devoção mas também pela cultura e pela visão que têm da sociedade. São pessoas conhecedoras das dificuldades do povo na medida em que vivem o dia-a-dia das pessoas nas respetivas paróquias. Muitas vezes, para além do apoio moral, são eles quem ajuda financeiramente as famílias mais carenciadas, ou não o podendo fazer, relatam os casos a quem de direito.
Numa entrevista à Radio Renascença, D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar de Lisboa, falava do direito à greve e quais os seus efeitos. No seu entender, é legítimo o direito à greve, diz ainda que este deverá ser “o instrumento último para fazer valer os direitos dos trabalhadores”, isto porque, se o direito à greve for usado indiscriminadamente passamos a banalizar esse direito, tirando-lhe o poder que deve ter. Mais adiante, utiliza o termo “arma das armas” para se referir à convocação de uma Greve Geral, ou seja, este deve ser sempre um último recurso. Diz mesmo que as várias e consecutivas convocações de Greve Geral a vulgarizam. Nessa mesma entrevista, fala ainda da politização feita dos direitos dos trabalhadores a quando de uma greve.
Ao ouvir esta entrevista, reforcei a imagem que tenho da igreja e dos sacerdotes. Tenho por eles uma grande admiração, não só pela devoção mas também pela cultura e pela visão que têm da sociedade. São pessoas conhecedoras das dificuldades do povo na medida em que vivem o dia-a-dia das pessoas nas respetivas paróquias. Muitas vezes, para além do apoio moral, são eles quem ajuda financeiramente as famílias mais carenciadas, ou não o podendo fazer, relatam os casos a quem de direito.
O recurso à Greve Geral está, realmente, a vulgarizar-se. Os números da adesão a última (22 de Março) assim o determinam. A comunicação social fala em mais de 70% de adesão (muito vago). Sendo uma Greve Geral, este valor parece-me demasiado aquém daquilo que deveria ser para ser considerada de Geral. Nas “guerras” de números entre sindicatos e governo, há sempre divergências. Desta vez o governo não quis divulgar números, resguardando-se e adiando para o final do mês a divulgação. Sabemos bem o porquê deste adiamento… penso que fizeram bem.
Num momento de crise, como o que estamos a passar, penso que deveria haver mais união em torno dos interesses nacionais e não cada um “puxar a brasa à sua sardinha”. Por um lado o governo tem que aplicar medidas rigorosas para superar a crise, por outro os sindicatos, que sabem que é nestas alturas que ganham força, convocam greves atrás de greves aproveitando-se das fragilidades e inseguranças do momento dos trabalhadores.
Num momento de crise, como o que estamos a passar, penso que deveria haver mais união em torno dos interesses nacionais e não cada um “puxar a brasa à sua sardinha”. Por um lado o governo tem que aplicar medidas rigorosas para superar a crise, por outro os sindicatos, que sabem que é nestas alturas que ganham força, convocam greves atrás de greves aproveitando-se das fragilidades e inseguranças do momento dos trabalhadores.
É em tempos de crise que as forças de oposição a um determinado governo ganham força. É necessário estra atento.